Anvisa alerta sobre o uso de formol em
alisamento capilar
A Anvisa não registra
alisantes capilares que tenham como base o formol em sua fórmula. O alerta é da
Gerente-Geral de Cosméticos da Anvisa, Josineire Sallum. De acordo com a
gerente, o formol, nas concentrações permitidas pela Agência, não tem função de
alisante. A substância só tem uso permitido em cosméticos nas funções de
conservante (limite máximo de uso permitido 0,2%, conforme a Resolução 162/01) e
como agente endurecedor de unhas (limite máximo de uso permitido 5%, segundo a
resolução 79/00 Anexo V).
“Todos os produtos registrados pela Anvisa que
apresentam o formol na sua composição têm as concentrações da substância dentro
dos limites previstos nas legislações. Quando o produto não é registrado,
significa que a composição não foi avaliada, o que pode representar perigos à
saúde”, explica.
O risco do formol em sua aplicação indevida é tanto
maior quanto maior a concentração e a freqüência do uso, e se dá pela inalação
dos gases e pelo contato com a pele, sendo perigoso para profissionais que
aplicam o produto e para usuários.
Josineire acrescenta que os métodos
utilizados no alisamento dos cabelos não são registrados pela Agência. “Escova
Progressiva e de Chocolate, por exemplo, são métodos de alisamento capilar. São
modismos, como já foram a Escova Francesa, o Alisamento Japonês, a Escova
Definitiva, e etc. Todos esses métodos referem-se a alisamento de cabelo, e não
são registrados na Anvisa".
O formol é considerado cancerígeno pela
Organização Mundial de Saúde (OMS). Quando absorvido pelo organismo por inalação
e, principalmente, pela exposição prolongada, apresenta como risco o
aparecimento de câncer na boca, nas narinas, no pulmão, no sangue e na
cabeça.
Existem outras substâncias, registradas na Anvisa, que podem ser
utilizadas em alisamentos capilares. Entre elas estão o Tioglicolato de Amônio,
Hidróxido de Sódio, Hidróxido de Potássio, Hidróxido de Cálcio, Hidróxido de
Lítio e o Carbonato de Guanidina.
Riscos do
Formol
As reações do uso do formol podem ser:
• Contato
com a pele - Tóxico. Causa irritação à pele, com vermelhidão, dor e queimaduras.
• Contato com os olhos - Causa irritação, vermelhidão, dor, lacrimação e
visão embaçada. Altas concentrações causam danos irreversíveis.
•
Inalação - Pode causar câncer no aparelho respiratório. Pode causar dor de
garganta, irritação do nariz, tosse, diminuição da freqüência respiratória,
irritação e sensibilização do trato respiratório. Pode ainda causar graves
ferimentos nas vias respiratórias, levando ao edema pulmonar e pneumonia. Fatal
em altas concentrações.
• Exposição crônica - A freqüente ou prolongada
exposição pode causar hipersensibilidade, levando às dermatites. O contato
repetido ou prolongado pode causar reação alérgica, debilitação da visão e
aumento do fígado.
No caso da escova
progressiva, dependendo da concentração do formol, pode ainda causar queda
capilar.
Informação: Assessoria de Imprensa da
Anvisa
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